Sedec realiza ‘Semana da Escuta dos Adolescentes’ com participação de alunos do 6º ao 9º ano
maio 23, 2024Alunos do 6º ao 9º ano, diretores, técnicos, equipe de gestão, comunidade escolar e especialistas de escolas da Rede Municipal de Ensino de João Pessoa estão participando da ‘Semana da Escuta das Adolescências nas Escolas’. A ação é realizada pela Secretaria de Educação e Cultura (Sedec), por meio da Diretoria de Ensino, Gestão e Escola de Formação (Degef) e da Seção de Apoio ao Grêmio Estudantil. A iniciativa faz parte do ‘Programa Escola das Adolescências’, do Ministério da Educação (MEC).
A ação, que acontece até a próxima segunda-feira (27), ocorre em 62 escolas municipais, envolvendo aproximadamente 23 mil alunos. “Esta é uma ação do Governo Federal que vem potencializar as atividades de escuta realizadas pela nossa rede municipal, através do Programa de Lideranças Estudantis, desde 2022. Com isso, a cada ano, estamos potencializando o processo democrático escolar em nossas unidades de ensino”, afirmou Bruno Chaves, chefe da Seção de Apoio ao Grêmio Estudantil da Sedec.
A dinâmica dos encontros acontece em dois momentos. O primeiro com rodas de conversas e o segundo com o preenchimento do formulário com o objetivo de identificar nos estudantes suas percepções em relação à escola e sugerir pontos de melhoria para a etapa educacional.
“Essa semana vem dentro de um contexto que nós temos, que é um contexto desafiador do pós-pandemia, quando a gente tem uma faixa etária também com muitas inquietações, com a saúde mental muitas vezes abalada e com grandes desafios a serem enfrentados por eles e pelos professores”, frisou a chefe da Divisão de Anos Finais da Sedec, Maria José.
Laís Nicolly Oliveira da Silva, aluna do 9º ano da Escola Municipal Presidente João Pessoa, participou das discussões e afirmou que gostou bastante em contribuir para a melhoria da escola. “Gostei bastante desse método, pois assim podemos expressar com mais clareza nossa opinião. Cada um teve seu momento de fala e com esse recurso o estudante pode dar sua opinião sobre melhorias para a escola. Assim, a escola pode ficar cada vez melhor com a ajuda dos alunos”, disse.
A assistente social da Escola Presidente João Pessoa, Maria Bernadete, relatou a satisfação dos alunos em participar da ‘Semana da Escuta das Adolescências nas Escolas’. “Eles se sentiram bem valorizados e perguntavam se realmente poderiam responder o questionário, de colocar o posicionamento deles. Foi algo muito positivo tanto para eles quanto para nós”, afirmou.
Temas do questionário – O Governo Federal indicou quatro temas para que as escolas executem um questionário com as turmas. O primeiro é ‘clima e convivência’, que aborda sobre a convivência entre os estudantes na escola, entre estudantes e professores e entre alunos e outros funcionários. O segundo é sobre ‘aprendizado’, onde se pergunta o que os alunos sentem que aprendem mais na escola, se tem alguma coisa que é difícil de aprender e por que é difícil.
Outro tema do questionário é ‘participação’, onde é perguntando se os estudantes participam das decisões que são tomadas na escola e como essa participação pode ser ainda mais intensa. O último tema é ‘inovação’. Eles são questionados sobre os temas inovadores que gostariam que fossem conversados na escola.
“Eu achei muito boa essa experiência, porque pude ouvir os alunos sobre o que pode mudar na escola, o que acham das disciplinas. E também é uma nova experiência para mim, porque é a primeira vez que sou representante de turma. Gostei demais”, disse com alegria a aluna do 9º ano da Escola Municipal Francisca Moura, Maria Luiza.
Esses formulários serão a base para que cada escola possa fazer seu planejamento pedagógico e também para a Sedec e o Governo Federal construírem suas políticas públicas. “Acho que foi uma proposta muito feliz de poder escutar as adolescências, entendendo as várias adolescências que temos no país. Essa mobilização para escutar e dar voz aos estudantes, sobretudo dos anos finais, vem realmente movimentar um segmento do ensino fundamental que tem sido pouco visibilizado nas políticas da educação”, ressaltou a chefe da Divisão de Anos Finais da Sedec.